Greve de professores atinge escolas de Mogi Mirim
terça-feira, 20 de março de 2012Na quarta-feira, 14, teve início um movimento de paralisação de professores das redes estaduais de todo o país. Na cidade Mogi Mirim, a greve impactou principalmente duas escolas, a “Monsenhor Nora”, na região central, e a “São Judas Tadeu”, na zona norte.
O coordenador da sub-sede local do Sindicato dos Professores da Rede Estadual de São Paulo (Apeoesp), Ricardo Augusto Botaro, informou que a paralisação é motivada pelo descumprimento da Lei do Piso Nacional. Embora o governo do estado de São Paulo cumpra o piso salarial, a categoria reivindica um terço do tempo de aula livre para a preparação do conteúdo. “Os professores estão com uma carga horária altíssima, não tem tempo de preparar uma aula com qualidade”, dispara.
Botaro informou que a paralisação atingiu 98% do quadro de professores da “São Judas” e outros 40% na “Monsenhor Nora”. A Comarca apurou que cerca de 15 professores aderiram ao movimento na “Monsenhor Nora”, mas a vice-diretora Augusta Aparecida Ferrasin de Mello não confirmou a informação. “Tem alguns professores que já avisaram que faltariam por outros motivos, então é difícil dizer quem aderiu a greve e quem se ausentou”, explicou. Pelo menos duas turmas do ensino médio foram dispensadas por volta de 10h na quarta-feira, 14.
Ainda conforme apuração da reportagem, a adesão na “São Judas Tadeu” foi de 18 professores. Apenas quatro mantiveram as atividades e são profissionais com contrato diferenciado, chamados de “categoria O”, que prevê rescisão do vínculo no caso de faltas injustiçadas. A situação fez com que a escola da zona norte suspendesse as aulas até a próxima terça-feira, 20, quando o movimento será reavaliado. Na escola, A Comarca obteve a informação de que as aulas perdidas serão repostas, já que existe a exigência de 200 dias letivos.
Na “Rodrigues Alves”, a agente de organização escolar Elisa Santos, informou que apenas uma professora aderiu à greve. “Os alunos ficaram de janela, mas nada que prejudicasse o andamento das demais aulas”. Havia uma expectativa de que os demais professores iriam aderir ao movimento na última sexta-feira, 16, mas isso não aconteceu, conforme informou a agente escolar.
Em outras escolas locais como “Coronel Venâncio” e “Valério Strang” também não houve adesão.
ASSEMBLEIA
Uma assembleia realizada na última sexta-feira, 16, no Palácio dos Bandeirantes decidiu pela suspensão do movimento grevista até a próxima assembleia, que ocorre no dia 20 de abril. Segundo Botaro, o governo fez propostas de aumento da jornada de atividades extraclasse e acréscimo salarial de 36.7% para 2013. “Estamos trabalhando para que esses benefícios sejam imediatos, nem que seja parcialmente”, disse. Dependendo da postura do governo, o sindicato promete paralisação por tempo indeterminado após a assembleia.
A classe reivindica 33% da jornada para atividades extraclasse. Atualmente, são 17%. O piso do estado para 40 horas/aula é de R$1.820 e está acima do piso nacional, que é R$1.420.
Em nota oficial, a Secretaria de Estado Educação não reconhece o descumprimento da Lei Nacional do Piso Salarial do Magistério. “Os professores da rede estadual de ensino têm assegurada uma jornada em sala de aula fixada em dois terços de sua carga horária total – o máximo permitido pela legislação”, diz a nota.
Fonte: A Comarca
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